Publicamos no início da semana a história de uma gaivota ferida por um anzol em uma praia da cidade de Mongaguá, no litoral paulista, que foi resgatada por uma equipe veterinária do Instituto Biopesca, que retirou um anzol da cavidade oral da ave que segue em tratamento. Agora, surgiu a informação de que uma garça-azul juvenil foi resgatada em uma praia de Itanhaém, com um anzol no esôfago.
A garça-azul (Egretta caerulea) foi recebida pelo CRAS de Itanhaém no dia 22 de junho, contendo um anzol com linha preso na região do esôfago. Logo no início, o animal acabou regurgitando o material e a equipe do Instituto Gremar optou pela realização de um exame de raio-X para observar alguma possível lesão causada na traqueia ou esôfago.
Além disso, a garça recebeu tratamento com analgésicos e anti-inflamatórios e, depois que seu quadro de saúde se estabilizou, ela pôde ser transferida para um recinto externo. No momento, a ave segue em reabilitação, podendo se empoleirar pelos troncos do recinto e está se alimentando espontaneamente de presas vivas, o que estimula seu comportamento natural de predação.
A garça encontra-se saudável e em breve poderá retornar para o habitat natural, segundo o Gremar. O instituto alerta que os materiais de pesca descartados de forma incorreta aprisionam, mutilam e matam milhares de animais por ano.
Visando mitigar esses impactos, o Instituto Gremar, através do Projeto Pesca e Recicla, instalou coletores de petrechos de pesca em oito cidades da Baixada Santista, incluindo Itanhaém. O instituto espera que a população continue contribuindo para que casos como o dessa pequena garça-azul sejam cada vez menos frequentes.
O CRAS conta com apoio da Prefeitura Municipal de Itanhaém @prefeituradeitanhaem e parceria com a Polícia Ambiental @pmambientalsp e Guarda Civil Municipal para realizar os resgates.