Um pinguim apareceu morto ontem, domingo, dia 19, na praia do Balneário Araçá, em Ilha Comprida, litoral de São Paulo. A foto do animal já sem vida encontrado na praia foi feita por Juliano Laurindo. O pinguim foi encaminhado para um dos institutos que faz o resgate de animais marinhos nas praias paulistas onde deverá ser esclarecida as causas da morte do animal.
Nesta época do ano, mais de um milhão de pingüins saem da Patagônia argentina e entram em rota de migração. Eles seguem as correntes de água geladas que vem da Antártida e chegam no litoral do Brasil, principalmente, na região Sul. Três animais foram recolhidos recentemente em praias de Ilhabela e estão em tratamento na Unidade de Estabilização do Instituto Argonauta, em São Sebastião.
São pinguins da espécie pinguins-de-magalhães, originários na Patagônia Argentina. Quando chegam as praias do Litoral Norte, costumam estar muito magros e desnutridos devido à dificuldade de se alimentarem. Segundo os especialistas, alguns chegam a procura de calor, outros se perdem na travessia e são trazidos até a costa da região.
Os especialistas, também, orientam que um pinguim encalhado tem que ser aquecido. Muitas pessoas associam o pinguim ao gelo e refrigeram o animal, o que acaba levando-lhe a óbito. A recomendação em que caso algum pinguim seja encontrado nas praias, é imprescindível mantê-lo seco e aquecido numa caixinha de papelão, cobrindo-o com jornal ou uma toalha seca e acionar as autoridades ou institutos, no caso, o Argonauta, que reabilita pinguins desde 2012. Antes, desde 1996, esse trabalho era feito, exclusivamente, pelo Aquário de Ubatuba.
No Argonauta, os pingüins recebem acompanhamento de especialistas, comida e medicamentos e posteriormente, dentro de 20 a 30 dias, são devolvidos ao mar, recuperados e com segurança. O resgate também é feito pelo IPEC ( Instituto de Pesquisas de Cananéia), que pode ser acionado pelo telefone (13) 3851‐1779 e o S.O.S Pinguim de Ilha Comprida (13) 99640-6967.