Após três anos, morte de comerciante permanece um mistério em Caraguatatuba

A polícia civil ainda não conseguiu esclarecer o assassinato do comerciante Joasir José Peron, de 42 anos, dono da Pousada e Churrascaria Peron, que completa três anos neste sábado(30).  Peron foi executado dentro de seu restaurante, localizado no bairro do Poiares, em Caraguatatuba, no dia 30 de abril de 2019.

Três anos após o crime, a morte do comerciante continua um mistério e ninguém foi preso até agora. Peron era muito conhecido em Caraguatatuba, onde mantinha ligações com políticos da cidade, principalmente, vereadores. Além da pousada e restaurante, Peron atuava também na venda de imóveis, de veículos e como agiota.

O comerciante foi morto por volta das 7h30 da manhã, do dia 30 de abril de 2019, quando tomava café no estabelecimento, acompanhado de um dos filhos.

Segundo informações obtidas pela polícia civil, na época do crime,  um homem chegou de motocicleta na porta do restaurante, desceu e  entrou no salão onde Peron tomava o café da manhã com um dos filhos.

O assassino teria passado pela mesa de Peron e por trás, disparou quatro tiros no comerciante. Um deles acertou sua cabeça. Ele teria sido executado por disparos de uma pistola 380.

O comerciante morreu no local, sentado na cadeira em que tomava o café da manhã. O autor dos disparos deixou rapidamente o local, subiu na moto e teria fugido em direção ao bairro do Tinga.

A policia civil utilizou câmeras de monitoramento para tentar identificar o autor do crime. Tentou, também, localizar a moto que ele utilizava, sem sucesso.

Em junho de 2019, um homem foi preso em Ubatuba, no bairro da Marafunda, suspeito de ter sido o autor dos disparos, em posse de uma pistola taurus, 380, idêntica a utilizada na morte do comerciante.

Posteriormente, a participação dele no crime foi descartada pela polícia civil e pela justiça. O caso, segundo consta, segue sem esclarecimentos. D.N.S, de 29 anos, acabou sendo preso por portar munições.

O DEIC (Delegacia de Investigações Criminais) da capital tentou rastrear o celular do comerciante para tentar encontrar alguma pista que levasse ao autor do crime. O aparelho chegou a ser enviado para a Polícia Federal no Rio de Janeiro e depois para a capital paulista, mas a polícia nunca divulgou o resultado das mensagens, fotos e vídeos armazenadas no celular de Peron.

Um ano após o crime, em 2020, o então delegado seccional do Litoral Norte, Dr. Múcio Alvarenga, informou que a morte do comerciante Peron continuava sendo investigada. Na época, segundo Alvarenga, a polícia mantinha várias linhas de investigações.

Entre elas, de pessoas que deviam dinheiro para o comerciante e de supostas ameaças sofridas por ele após transações de imóveis ou carros. Não foram descartados, o envolvimento político de Peron, que mantinha ligações com alguns vereadores e, até mesmo, motivação passional.

Segundo Alvarenga, o celular do comerciante foi periciado, mas nenhuma pista teria sido encontrada. As imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia, inclusive, captadas por ônibus que passavam pelo local, no momento do crime, não permitiram a identificação do autor.

A polícia acreditava que arma utilizada no crime poderá levar ao autor da morte do comerciante, mas o revólver Taurus calibre 380 até hoje não foi localizado e apreendido. A família de Peron vendeu a pousada e restaurante.

DEIC

Encaminhamos pedidos de informações por e-mail ao DEIC(Departamento Estadual de Investigações Criminais ) para saber se as investigações prosseguem e se existem novidades sobre o caso. Até o fechamento da matéria não houve respostas da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública.

Em Caraguatatuba, o delegado titular da cidade, Vanderlei Pagliarini  informou que as investigações prosseguem, mas que não existem novidades.

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