Concessionária completa sete anos sem recuperar o km 52 na Tamoios

A Concessionária Tamoios completa 7 anos, nesta segunda-feira (18), como administradora da Rodovia dos Tamoios, a SP-99, principal ligação entre o Vale do Paraíba e as cidades do Litoral Norte. A rodovia recebe em média 22 milhões de usuários anualmente.

A empresa celebra seu aniversário com a entrega da obra rodoviária mais marcante do país: a duplicação do trecho de serra da Rodovia dos Tamoios, trecho inaugurado em março, que já está sendo utilizado pelos usuários que trafegam pela região. O novo trecho em serra será dedicado exclusivamente à subida (sentido São José dos Campos), enquanto a serra antiga, que contém duas pistas e acostamento, será utilizada apenas para descida (sentido Litoral).

A nova pista é um moderno complexo viário, composto de obras de arte, seis viadutos e quatro túneis – sendo um deles com extensão de 5.555 metros, o maior túnel rodoviário do país.  A nova pista  reduziu pela metade o tempo de viagem. Os motoristas percorrem o trajeto em cerca de 16 minutos, com velocidade máxima de 80 km/h.

Ao longo dos últimos anos, a empresa informa ter trabalhado em prol da segurança viária na Tamoios e do desenvolvimento da região através da administração da rodovia, obras diversas, geração de empregos, repasse de impostos, projetos socioambientais, relacionamento com os municípios lindeiros e demais ações. A concessionária, no entanto,  ainda não conseguiu “eliminar” o  desvio que existe desde 2015 no km 52, no trecho de planalto.

Obras

O estado programou os investimentos na rodovia em três frentes:  inicialmente, a duplicação de 54,4 quilômetros no trecho planalto, entre o km 11, em São José dos Campos e o 60, em Paraibuna, concluído em 2014 a um custo de R$ 1,1 bilhão na obra, que começou em maio de 2012.

Depois veio, em 2015, teve inicio a duplicação de 39 quilômetros no trecho serra (os 21,4 quilômetros existentes mais 17,6 quilômetros de uma nova pista) entregue em março deste ano a um custo de R$ 3,1 bilhões.

Agora, falta concluir a construção dos contornos, 38,1 quilômetros de contornos viários em São Sebastião e Caraguatatuba, obras iniciadas em 2015, paralisadas em 2028 e retomadas em 2021, com previsão de conclusão em 2023, a um custo de R$ 1,5 bilhão.

Km 52

Apesar de ser considerada uma das rodovias mais modernas do país, a Tamoios mantém um desvio no km 52, em seu trecho de planalto. As obras no trecho devem ser realizadas pela concessionária, mas até agora nada foi feito no local.

O desvio no Km 52 da Rodovia dos Tamoios, na pista em direção ao litoral, no trecho de planalto, que fica no município de Paraibuna, existe desde fevereiro de 2015, causado pelo deslizamento de encosta durante fortes chuvas ocorridas em fevereiro daquele ano.

Por um bom tempo, cerca de cinco anos, discutiu-se na justiça, na Comarca de Paraibuna, quem deve fazer as obras de contenção da encosta e liberar a pista de acesso ao Litoral Norte: o Estado, através do DER ou a Concessionária Tamoios.

Antes de assumir a estrada, em abril de 2015, a concessionária Tamoios teria feito um relatório no qual apontava os problemas no Km 52, que deveria ser resolvido pelo DER, pois tratava-se de um “passivo antigo”.

O impasse durou muitos anos. Em setembro do ano passado, o Estado repassou à concessionária Tamoios as obras de conclusão dos contornos, que estavam paralisadas desde 2018. A concessionária terá R$1,5 bilhão para concluir as obras e liberar os contornos em novembro de 2023.

A negociação de retomada dos contornos acabou colaborando para que a concessionária aceitasse fazer as obras necessárias para acabar com o desvio no Km 52. O início e conclusão das obras no trecho ainda dependem da aprovação do projeto e do cronograma que será elaborado pela concessionária. A informação é de que as obras no km 52 devem ser iniciadas até agosto de 2022.

O desvio no Km 52 sempre foi perigoso, principalmente, durante o período noturno. Após reclamações dos usuários, a concessionária Tamoios reforçou a sinalização no trecho com cones. Quem costuma circular pelo trecho, onde é preciso “adentrar” a pista contrária, conhece bem os riscos. Aqueles que viajam pela primeira vez na rodovia, se assustam com o desvio, que os leva a pista contrária. Isso vem ocorrendo desde 2015.

No final do ano passado, a concessionária informou que o projeto de  recuperação do km 52 seria entregue à ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) nos próximos 30 dias. A agência confirmou que o plano de obra está em fase de elaboração e que as intervenções serão definidas depois da conclusão do projeto.

O talude fica no trecho de planalto no município de Paraibuna, em direção ao litoral. A obra no local é aguardada há mais de cinco anos, pois durante esse período o tráfego tem sido desviado por conta dos taludes rompidos.

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