Centro de Vigilância Epidemiológica alerta sobre presença de microalga tóxica em praia de Ubatuba

Moradores e turistas devem evitar consumo de molusco oriundos da praia

O Centro de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, emitiu um alerta sobre a elevada presença da microalga conhecida como “Dinophysis acumunata” potenciais produtoras de toxina diarreica nas águas da praia do Itaguá, em Ubatuba.

 

A presença da microalga nas águas da praia do Itaguá foi apontada pelas análises feitas pela Cetesb na água da praia. A contaminação com biotoxinas de animais marinhos, que têm uma alimentação filtradora, como é o caso dos moluscos bivalves (ostra, vieira, mexilhões e berbigões), pode ocorrer e causar intoxicações agudas no ser humano quando ingeridos, embora aparentemente o animal contaminado não apresente alteração.

 

O CVE esclarece que a intoxicação pode causar sintomas como diarreia, náuseas, vômito, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbitos por falência respiratória.

 

O CVE informa ainda que as toxinas são estáveis e não são degradadas com o cozimento ou processamento dos moluscos. Todos os moluscos filtradores, independente se são ou não cultivados podem acumular as toxinas.

 

O CVE reforça orientações ao público consumidor de moluscos bivalves e recomenda devida atenção à procedência dos moluscos e prazos de restrição da comercialização, oferta e consumo dessas espécies e notificar as autoridades sanitárias caso observem o descumprimento das medidas restritivas, informando também os serviços de saúde quando perceberem reações adversas a saúde supostamente associada a ingestão de moluscos, tais como os sintomas relacionados.

 

Itaguá

 

A praia do Itaguá, em Ubatuba, tem sido classificada pela Cetesb como uma das praias mais poluídas do Litoral Norte. Em 2021, segundo monitoramento realizado pela Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo, a praia foi a mais poluída da região: das 43 avaliações semanais feitas pela Cetesb,  a praia esteve imprópria em 36 semanas. Em 2021, devido a pandemia da Covid-19, a Cetesb realizou a balneabilidade em 43 das 52 semanas do ano. Durante nove semanas, de 15 de março até 10 de maio a amostragem da balneabilidade não foi realizada.

 

No ano passado, a praia do Itaguá, em Ubatuba, esteve imprópria para banho em 36 das 43 semanas de avaliação. A poluição é provocada pelo esgoto que chega pelo rio Acaraú que nasce no Parque Estadual da Serra do Mar e corta os bairros da Sesmaria, Estufa II, Praia Grande, Itaguá, Acaraú e Tenório e deságua no canto direito da praia do Itaguá.

 

Morte

 

As Polícias Civil e Científica de Ubatuba investigam a morte do turista Charles Fonseca, de 29 anos, que morreu em outubro do ano passado, após ter consumido uma pizza de camarão em um restaurante da cidade.

 

Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia de Ubatuba, que vai investigar o caso, a suspeita de intoxicação pelo alimento(camarão). As equipes das Polícias Civil e Científica trabalham no caso para confirmar, ou não, a suspeita de intoxicação por camarão.

 

O IML (Instituo Médico Legal), em Caraguatatuba, coletou as amostras da vítima, que foram encaminhadas para um laboratório da Polícia Cientifica na capital. O resultado deve ser divulgado entre 30 e 60 dias. A suspeita é que o turista tenha sofrido uma congestão após consumir a pizza de camarão ou frutos do mar e teria morrido engasgado com o próprio vômito.

 

O corpo de Charles, que era casado e tinha um filho, foi removido de avião até Três Lagoas. No boletim de ocorrência, a família teria alegado que o homem teria morrido após ter sofrido reação alérgica ao comer uma pizza de camarão.  A polícia civil registrou o caso como morte suspeita. Uma das hipóteses é que o turista possa ter sofrido uma anafilaxia, ou choque anafilático, provocado por ingestão de camarão ou frutos do mar.

 

Segundo relato de familiares, na ocasião, logo após um passeio de barco, a família teria ido até um restaurante do bairro da Enseada onde após comer uma pizza de camarão Charles começou a passar mal.

 

Uma testemunha relatou que após comer uma pizza de camarão o turista teve uma reação alérgica. Os familiares e amigos que estavam com ele procuraram farmácias por perto, mas não localizaram e foram até a casa pegar um remédio, porque Charles era asmático.

 

Segundo os familiares, Charles caiu enquanto abria o portão. O SAMU( Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, tentaram fazer reanimação, mas ele morreu no local. A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia.  O caso foi registrado como morte suspeita supostamente por intoxicação pelo alimento(camarão).

 

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