“Bloomberg” classifica vinho de caraguatatubense com um dos 10 melhores de 2021

O caraguatatubense André Manz, radicado há mais de 30 anos, em Portugal, considerado um dos melhores produtores de vinho do país, mereceu grande destaque em matéria publicada recentemente na Bloomberg. A renomada colunista e juíza internacional, Elin McCoy, após  experimentar ótimos vinhos de 18 países em seis continentes em 2021, classificou o Dona Fátima, produzido por Manz, como um dos dez melhores vinhos de 2021.

 

A Bloomberg L.P. é uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo com sede em Nova York. A empresa foi fundada em 1982 por Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York de 2002 a 2013.

 

ELIN McCOY é uma jornalista e autora premiada, com foco no mundo do vinho. Ela é colunista de vinhos e destilados da Bloomberg News , onde escreve para a rede global de notícias, e colunista da  revista Decanter  e e colaboradora de publicações como Food & Wine, The New York Times, House & Garden e Zester Daily. O livro mais recente de McCoy é The Emperor of Wine: The Rise of Robert M. Parker, Jr. and the Reign of American Taste , que recebeu elogios internacionais e apareceu em cinco edições estrangeiras. Ela também é co-autora de Thinking About Wine .

 

Elin McCoy, além de conceituada colunista de vinhos e bebidas da Bloomberg Markets, é juiz internacional de vinhos e  classificou um dos vinhos produzidos pela Manzwine, vinícola do caraguatatubense, que fica em Cheleiros, a poucos menos de 40 minutos de Lisboa, como um dos dez melhores vinhos que degustou em 2021. A reportagem foi publicada no último dia 23, com o título: Os 10 vinhos mais memoráveis ​​que bebi este ano”.

 

Confira parte da reportagem publicada na Bloomberg e o destaque que Elin McCoy dá ao vinho “Dona Fátima”, uma das produções de André Mans, em seu vinhedo de Cheleiros, em Portugal. Confira o que Elin McCoy  escreveu sobre o vinho produzido por AndréManz:

 

Escolher minhas 10 melhores experiências de 2021 não foi fácil: experimentei ótimos vinhos de 18 países em seis continentes este ano. 

Folheando meus cadernos de degustação, descobri estrelas para dezenas de vinhos, incluindo grandes safras de Bordeaux, memoráveis ​​cabernets e chardonnays da Califórnia e novos e estelares cuvées de Champagne, com ou sem gás. 

Também saboreei regiões e uvas menos conhecidas – antâo vaz e jampal de Portugal, gaglioppo e turbiana da Itália – e muitas de jovens vinicultores empenhados em salvar o planeta, dando-me esperança para o futuro do mundo do vinho.

Infelizmente, servi a maioria deles na minha própria mesa, muitas vezes enquanto conversava virtualmente com os produtores de vinho. Seus cenários – adegas de pedra de vinícola, vistas panorâmicas de vinhedos, grandes restaurantes – eram lembretes tentadores de como sinto falta de visitar as regiões vinícolas em pessoa.

Meus 10 destaques variam do antigo ao novo, do familiar ao esotérico. Eles incluem um vinho branco português feito a partir de uma uva quase extinta, um champanhe de 45 anos, um ótimo tinto com o objetivo de ser o melhor da China e um vinho espanhol novo que está prestes a ser um item de coleção muito procurado. 

Todos refletem o que é importante no mundo do vinho de hoje e para onde ele está indo.

 

2017 Manz Cheleiros Dona Fatima Jampal

A minha descoberta do ano é este branco único, o único vinho no mundo feito inteiramente a partir da rara uva portuguesa jampal. Fiquei cativado tanto pelo sabor quanto pela história do resgate da uva da quase extinção por um craque do futebol brasileiro, o goleiro André Manz. Ele comprou um pequeno vinhedo ao norte de Lisboa e recrutou especialistas para determinar o que eram as uvas.

Seu jampal, com aromas perfumados e o travo de frutas cítricas, terra e plantas verdes frescas, é como uma combinação de chardonnay, semillon e sauvignon blanc – longo e elegante. É quase impossível encontrar agora, mas mais virá em 2022.  

 

Manz

 

O caraguatatubense André Manz, radicado há mais de 30 anos em Portugal, vem sendo considerado um dos melhores produtores de vinho do país e ganhando cada vez mais espaço na mídia especializada.

 

Em outubro do ano passado, a Manzwine participou da ProWine, maior feira para profissionais de vinhos e destilados, realizada no Transamérica Expo Center, na capital paulista e mereceu grande destaque em matéria publicada pela Folha de São Paulo, feita pela jornalista Giuliana Miranda.

 

A história do empresário caraguatatubense abriu e ocupou boa parte da reportagem “Profissionais brasileiros ganham espaço no mundo dos vinhos em Portugal”.  Manz é dono da Manzwine, uma das produtoras de vinho mais premiadas de Portugal.

 

A história de Manz é bem interessante. Ele deixou Caraguatatuba para tentar a sorte no futebol profissional português e acabou se transformando num dos empresários mais bem sucedidos na área fitness e na produção de vinhos.

 

André Manz nasceu em Caraguá. Na adolescência, foi um excelente goleiro. Jogou no E.C. Indaiá e no E.C. XV de Novembro, na época, time mais tradicional do Litoral Norte. Foi estudar educação física em Taubaté e lá, acabou jogando profissionalmente pelo E.C. Taubaté.

 

Encerrada a faculdade, André decidiu tentar a sorte no futebol português. Foi contratado pelo Ilha da Madeira, mas após uma grave lesão, André foi obrigado a abandonar o futebol. Ele decidiu permanecer no país e iniciou carreira na área Fitness. Criou a empresa André Manz Produções Culturais e Artísticas. Ganhou destaque na área.

 

Vinho

 

Em 2004, André decidiu ir morar em Cheleiros, a poucos menos de 40 minutos de Lisboa, para fugir da agitação da grande cidade. Ele percebeu a grande tradição de produzir vinho naquela região e decidiu comprar um pequeno vinhedo abandonado.

 

Convidou dois enólogos para verificar e identificar o tipo de uva que tinha no vinhedo que havia comprado. Os especialistas pesquisaram e descobriram que o vinhedo produzia uma uva portuguesa abandonada e quase extinta com o nome de “Jampal”.

 

Os enólogos informaram a André que nenhuma vinícola produzia esse tipo de uva porque era pouco produtiva e não era rentável. Ele respondeu que não se interessava se a uva era rentável ou não, porque não queria produzir muito vinho e sim, apenas um bom vinho para servir aos amigos.

 

O resultado foi surpreendente. Em 2011, criou a Manzwine e decidiu colocar seu vinho no mercado português. Hoje é dono de uma vinícola premiada e ampliou seus negócios. Dois de seus vinhos estão entre os 50 melhores vinhos de Portugal.

 

Em Cheleiros, produz os vinhos Dona Fátima, Pomar do Espírito Santo, Platônico, Manz Rose,entre outros. Na Região do Douro, produz o vinho Manz Douro (Medalha de Ouro Mundus Vini 2013) e na Península de Setúbal, produz o vinho Contador de Estórias (Eleito um dos 50 Melhores Vinhos de Portugal).

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