Confira o ranking das praias mais poluídas no Litoral Norte em 2021

A praia do Itaguá(foto acima), em Ubatuba, foi a praia mais poluída no Litoral Norte em 2021, segundo monitoramento realizado pela Cetesb(Companhia Ambiental de São Paulo. Em 2021, devido a pandemia da Covid-19, a Cetesb realizou a balneabilidade em 43 das 52 semanas do ano. Durante nove semanas, de 15 de março até 10 de maio a amostragem da balneabilidade não foi realizada. Confira o ranking das praias ais poluídas do Litoral Norte em 2021:

1º lugar– Itaguá, em Ubatuba,  esteve imprópria para banho em 36 das 43 semanas de avaliação. A poluição é  provocada pelo esgoto que chega pelo rio Acaraú que nasce no Parque Estadual da Serra do Mar e corta os bairros da Sesmaria, Estufa II, Praia Grande, Itaguá, Acaraú e Tenório e deságua no canto direito da praia do Itaguá.

2º lugar– Itaquanduba, em Ilhabela, que foi classificada como imprópria para uso durante 27 semanas entre as 43 avaliadas pela Cetesb. A poluição é causada pelo esgoto que chega até a praia através do Canal de São Sebastião.

Praia de Itaquanduba, em Ilhabela

3º Lugar– São Francisco, em São Sebastião. A praia esteve imprópria em 19 das 43 semanas de avaliação. A poluição é provocada pelo esgoto lançado no rio São Francisco que desagua na praia.

4º lugar– Tabatinga, em Caraguatatuba. A praia esteve imprópria por 16 semanas em 2021. A poluição ocorre no canto esquerdo da praia e é provocada pelo esgoto que chega através do rio Tabatinga.

Tabatinga, em Caraguá, sedia o condomínio mais luxuoso da região, mas canto esquerdo vive poluído pelo esgoto

Monitoramento

A Cetesb realiza desde 1974 o monitoramento das principais praias do Litoral Norte. Atualmente, no Litoral Norte são monitorados 97 pontos em 83 praias da região. Algumas praias, como Itaguá, em Ubatuba; Tabatinga, em Caraguatatuba; Maresias e Juquehy, em São Sebastião, a Cetesb analisa dois setores da praias, normalmente, próximo aos rios que desembocam nessas praias e no meio da praia.

Balneabilidade

Segundo os critérios estabelecidos na Resolução Conama(Conselho Nacional do Meio Ambiente), vigente desde janeiro de 2001, as praias são classificadas em ralação à balneabilidade, em 2 categorias: Própria e Imprópria sendo que a primeira reúne 3 categorias distintas: Excelente, Muito Boa e Satisfatória.
Essa classificação é feita de acordo com as densidades de bactérias fecais resultantes de análises feitas em cinco semanas consecutivas. A Legislação prevê o uso de três indicadores microbiológicos de poluição fecal: coliformes termotolerantes (antigamente denominados Coliformes fecais), E. coli e enterococos. 
Pelo critério adotado pela CETESB para águas marinhas: os enterococos, densidades superiores a 100 UFC/100 mL , em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco semanas, ou valores superiores a  400 UFC/100 mL na última amostragem, caracterizam a impropriedade da praia para recreação de contato primário. Sua classificação, como Imprópria, indica um comprometimento na qualidade sanitária das águas, implicando em um aumento no risco de contaminação do banhista e tornando desaconselhável a sua utilização para o banho.

Mesmo apresentando baixas densidades de bactérias fecais, uma praia pode ser classificada na categoria Imprópria quando ocorrerem circunstâncias que desaconselhem a recreação de contato primário, tais como; a presença de óleo provocada por derramamento acidental de petróleo; ocorrência de maré vermelha; floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças de veiculação hídrica.

Corpos d’água contaminados por esgoto doméstico ao atingirem as águas das praias podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.

As doenças relacionadas ao banho, em geral, não são graves. A doença mais comum associada à água poluída por esgoto é a gastroenterite. Ela ocorre numa grande variedade de formas e pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: enjôo, vômitos, dores de estômago, diarréia, dor de cabeça e febre. Outras doenças menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Em locais muito contaminados os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifóide.

Riscos

Considerando-se as diversas variáveis intervenientes na balneabilidade das praias e sua relação com a possibilidade de riscos à saúde dos frequentadores, é recomendável: não tomar banho nas águas das praias classificadas como impróprias, evitar o contato com os cursos d’água que afluem às praias e evitar a ingestão de água do mar em praias poluídas.  É importante o banhista conferir sempre as condições de balneabilidade das praias e evitar nadar em praias poluídas pelo esgoto doméstico.

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