A jovem Giovana Bertholdi, moradora de São Sebastião, está desaparecida há três anos. A jovem sumiu no dia 18 de dezembro de 2018 quando estava na praia do Arrastão. Quando a adolescente desapareceu, tinha 16 anos de idade e trajava um vestido preto florido. Seu paradeiro permanece um mistério.
Giovana sofria de depressão e tomava medicação controlada diariamente, segundo familiares dela. A adolescente teria sido vista pela última vez, no dia 18 de dezembro de 2018, sentada numa das pedras da praia do Arrastão.
Na ocasião do desaparecimento, a policia conversou com várias coleguinhas de escola ou de convívio com Giovana, mas nenhum deles soube dar informações sobre o que teria acontecido com a adolescente.
A família dela utilizou as redes sociais, rádios, jornais, sites e a televisão na tentativa de encontrar informações sobre onde estaria Giovana. Muitas dicas foram checadas, mas nenhuma confirmou se tratar da adolescente desaparecida.
O caso vem sendo investigado pela polícia civil de São Sebastião, que teria incluído seu retrato no cadastro nacional de pessoas desaparecidas. A família e a polícia receberam muitas informações falsas sobre o possível paradeiro de Giovana.
Uma das supostas causas ou motivos do desaparecimento da jovem seria um possível trauma que ela teria sofrido ao perder duas pessoas muito próximas, uma tia e uma avó, pouco antes de seu sumiço. A polícia civil e a família continuam as buscas na tentativa de localizar Giovana.
Segundo familiares, a jovem permanece desaparecida. O paradeiro dela continua um mistério. Os familiares disseram ainda que poucas informações recebem da polícia sobre o desaparecimento de Giovana.
A foto da jovem não consta no banco de dados de pessoas desaparecidas no estado de São Paulo. Procuramos a Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mas ainda não recebemos retorno. Caso encaminhem alguma informação anexaremos ao texto desta reportagem.
Projeto
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, em outubro deste ano, o Projeto de Lei 247/2021, de autoria do deputado Enio Tatto, que cria o programa “Alerta Samuel”.
Pelo Projeto, o poder público é obrigado a emitir alerta emergencial sobre o rapto, sequestro ou desaparecimento de criança ou adolescente no Estado de São Paulo.
“O ?Alerta Samuel? se baseia num modelo norte-americano de busca de pessoas desaparecidas e foi inspirado no jovem Samuel Gustavo de Andrade, que desapareceu em dezembro de 2017, aos 19 anos, após sair de uma festa na região do Grajaú, na Zona Sul da cidade de São Paulo”, destaca Enio Tatto.
O alerta será enviado a empresas autorizadas a explorar o Serviço Móvel Pessoal de telefonia, provedores de internet, radioamadores, terminais rodoviários, portuários e aeroportuários, praças de pedágio, postos de combustível e empresas de transporte público, para que elas façam a difusão imediata das informações.
Essas informações deverão conter os dados básicos para identificação do desaparecido, como nome completo, idade, traços característicos, fotografia recente, último local onde esteve e para qual estava indo, veículos envolvidos no crime, dados relevantes e número telefônico para contato.
Dados
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, até junho deste ano, havia 1.315 pessoas no banco de desaparecidos, entre elas, homens, mulheres e crianças. De acordo com dados do governo federal, somente em território paulista, no ano passado, foram registrados 18.909 desaparecimentos e 16.317 encontros de pessoas. Em 2019, foram 18.913 e 15.069, respectivamente. Neste ano, até o momento, foram mais de 6,4 mil desaparecimentos e 5,5 mil encontros.